A Petrobrás anunciou na noite desta
quarta-feira, 23, que obteve um lucro recorde de R$ 106,7 bilhões no último
ano. Em comparação, o último recorde da empresa havia acontecido em 2019, com
um ganho de R$ 40,1 bilhões. Após uma valorização no preço do barril do
petróleo e em seus derivativos, a petroleira distribuirá aos seus acionistas um
montante de R$ 101 bilhões em dividendos. Destes, R$ 37,3 bilhões serão pagos,
já que R$ 63,4 bilhões já haviam sido compartilhados com os sócios da empresa
como retorno dos lucros no primeiro trimestre. O desempenho da empresa atingiu
tal patamar devido a valorização do custo do barril de petróleo e dos
combustíveis ao redor do mundo. Com isso, suscetivos aumentos nos indicadores
dos derivados básicos como gasolina e diesel, tiveram um aumento de 63,7% no
preço do mercado interno.
No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro
(PL) havia declarado que a companhia deveria repensar a sua atuação para seguir
um caminho com maior “viés social”. Em carta aos acionistas, após a divulgação
dos resultados da empresa, Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras,
ressaltou que “a melhor forma da companhia desempenhar seu papel social” é
através do crescimento, geração de empregos e com o pagamento de tributos ao
Estado brasileiro. “Nada disso (o lucro) seria possível para uma empresa
endividada sem capacidade de gerar valor. Estes resultados demonstram que a
qualidade do nosso trabalho se traduz de maneira inequívoca em riqueza para a
sociedade”, disse o mandatário da petroleira.