Conselho da entidade, que reúne as nações
mais desenvolvidas do planeta, aprovou convite a seis países nesta terça-feira,
25.
O ministro da Economia, Paulo Guedes,
afirmou, na tarde desta terça-feira, 25, que o convite para a entrada do Brasil
na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é um
“reconhecimento de que somos uma grande nação”. A declaração foi dada em
pronunciamento feito no Palácio do Planalto ao lado dos ministros da Casa
Civil, Ciro Nogueira, e das Relações Exteriores, Carlos França. “Esse início de
processo de acessão é um reconhecimento de que somos uma grande nação”, disse
Guedes. Além do Brasil, os governos de Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e
Romênia também foram convidados para darem início às negociações para a adesão
à entidade, em um processo que pode durar de dois a cinco anos.
“Esse processo de acesso à OCDE exige do Brasil
justamente essa convergência na reforma tributária, na liberalização
financeira, a convergência nos acordos internacionais de serviços. É um
reconhecimento pela nossa agenda e um reforço, um compromisso de seguirmos
nesses trilhos das reformas de modernização”, disse Paulo Guedes. De acordo com
os ministros, o Brasil já adotou 103 dos 251 instrumentos normativos da
entidade – destes, 37 foram implementados nos três anos da gestão Jair
Bolsonaro.
“Para melhor atuar na etapa que se inicia, já
determinei criação de unidade exclusivamente dedicada no Itamaraty, às relações
da OCDE, com a formação de novos quadros na diplomacia econômica. Determinei
também a formação de uma equipe de negociadores que coordenará as negociações
com a OCDE do roteiro de acessão e também o fortalecimento da delegação
permanente que o brasil criou junto a OCDE em 2018, em um projeto que se
iniciou na Embaixada em Paris e que precisa ganhar corpo para que possamos
seguir essa negociação que durará alguns anos, mas para a qual o Brasil já está
em processo bastante avançado”, afirmou o ministro das Relações Exteriores,
Carlos França.
Em nota divulgada na noite desta terça, o
Palácio do Planalto afirma que o “Brasil está em plena consonância com os
valores fundamentais da OCDE, expressos na Declaração sobre a Nova Visão do
Sexagésimo Aniversário da OCDE e na Declaração Ministerial do Conselho de 2021,
tais como a defesa dos princípios de livre mercado, o fortalecimento da
democracia, a modernização econômica e a proteção do meio ambiente e dos
direitos humanos”. “Aderir à OCDE contribui para promover a competitividade e o
dinamismo da economia brasileira e atrair investimentos, com geração de
emprego, renda e oportunidades empresariais, bem como aprofundar a integração
internacional do Brasil. Permite, ainda, o aprimoramento contínuo dos processos
de formulação de políticas públicas e das estatísticas econômicas e sociais do
País”, acrescenta o governo.