O medicamento, chamado de Paxlovid, é indicado para adultos e crianças a partir de 12 anos que tenham contraído a Covid-19 e apresentam alto risco de progressão para casos graves.

 

A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou, nesta quarta-feira, 22, o uso emergencial da pílula da Pfizer para tratamento de infectados pelo novo coronavírus. O medicamento, chamado de Paxlovid, é indicado para adultos e crianças a partir de 12 anos que tenham contraído a Covid-19 e apresentam alto risco de progressão para casos graves. “Paxlovid está disponível apenas por receita e deve ser iniciado assim que possível após o diagnóstico de Covid-19 e dentro de cinco dias após o início dos sintomas”, diz a nota da FDA. Agora, para o remédio ser utilizado pelos estadunidenses, será necessária a aprovação da diretoria dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos EUA.

 

 

“A autorização de hoje apresenta o primeiro tratamento para Covid-19 na forma de uma pílula administrada por via oral – um grande passo na luta contra esta pandemia global”, disse Patrizia Cavazzoni, médica e diretora do Centro de Drogas, Avaliação e Pesquisa do órgão. “Esta autorização fornece uma nova ferramenta para combater a Covid-19 em um momento crucial da pandemia, à medida que novas variantes surgem e promete tornar o tratamento antiviral mais acessível para pacientes com alto risco de progressão para Covid-19”, acrescentou a especialista.

 

Em comunicado, a FDA ressaltou que o Paxlovid não é recomendado para prevenção da Covid-19 ou para os recuperados da doença. Além disso, a agência fez questão de frisar que o medicamento não é um substituto da vacina. “O Paxlovid não está autorizado para a prevenção, pós-exposição da Covid-19 ou para o início do tratamento em pessoas que necessitem de hospitalização devido a Covid-19. Paxlovid não é um substituto da vacinação. A FDA insta o público a ser vacinado e receber um reforço, se possível”, diz um trecho do comunicado. A Pfizer, por sua vez, garante já estar pronta para começar a entrega imediata nos EUA, estimando produzir 120 milhões de comprimidos para 2022. Em testes clínicos da Pfizer, o antiviral foi 90% eficaz na prevenção de hospitalizações e mortes com pacientes com alto risco de doença grave, mantendo a eficácia contra a variante Ômicron.

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